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Te amo, Aninha!

Do livro Serendipity 11:11 - O Portal do Amor

Cap. 13 - Ysa & Ana

Mesmo quando estávamos longe, a gente sentia essa conexão. Então foi assim que dia após dia eu conheci a verdadeira Ana Carolina, aquela que não está nos holofotes da cidade nem nas capas de revista. Aquela que não está na tv. Aquela que me colocava no colo e me chamava de filha, aquela que tocava violão até eu dormir. Aquela que muitas vezes me aconselhou, me emocionou e me fez chorar, mesmo sem saber. Aquela que conseguia mudar a minha linha de base em segundos. Aquela que me escolheu e me dedicou todo seu amor materno. Aquela que odiava sertanejo, mas comigo até dançou, rsrs... Aquela que tira sarro da cara dos outros com um olhar. Essa é a minha mãe e amiga. Essa é a Ana que as pessoas desconhecem, mas eu conheci . A Ana que eu conheci ia além da cantora que aparece na tv: a comunicativa , descontraída que fala palavrões ... Não que ela não falasse uns palavrões de vez em quando, kkk, mas era bem raro. A Ana, minha amiga, era tímida, introspectiva e odiava câmeras. Eu falava: Ana, você é uma mentira, mas sabe que eu gosto mais ainda da verdadeira Ana?! Se eu era sua fã, hoje eu sou 100x mais.” Ela ficava toda boba. Ana é a virginiana, a mais virginiana que eu conheço e a gente se dava super bem porque gostávamos de tudo perfeito. A gente tinha várias coisas em comum, tipo: Ana adora ler e eu também, então vivíamos dando livros de presente uma a outra. Ela adora arte e é a arte em pessoa. Vocês sabiam que Ana pinta? Ela adora e é boa nisso. Eu tinha um quadro dela na parede do meu quarto na fazenda e ela tinha um leão na parede do quarto dela. A gente apreciava ver arte e só íamos aos museus juntas. Éramos as únicas pessoas que chorava vendo arte. A gente se conectava tanto àquele momento que vivíamos que sentíamos na pele o que o artista expressava, por isso, Ana só ia aos museus comigo. Ela gostava da minha companhia porque eu enxergava e entendia a arte como ela. Tínhamos o mesmo gosto para filmes, só não musical, talvez pela diferença de idade. A gente adorava viajar e trabalhar. Com Ana nunca foi cansativo, ao contrário, viajamos muito, sempre cuidando uma da outra. Ana arrumava uns boys nada a ver pra mim e eu arrumava umas minas super cultas pra ela, mas chatas pra caralho, afff ... no final ninguém transava. Ela não deixava porque dizia pros caras que eu era de menor, e os caras acreditavam, e eu colocava as peruas dela pra correr dizendo que ela tava acompanhada. A gente voltava pro hotel pra assistir uma série e essa era a nossa diversão: assistir e comer até passar mal e varar as madrugadas conversando. No outro dia estávamos acabadas, mas a gente se divertia de manhã tomando um café por minuto pra conseguir ficar acordada. Nessa época eu estava bem centrada, meu foco era Ana e eu me empenhava o máximo para vê-la brilhar. A gente formava uma dupla e tanto, sem falar nas crises de riso incontroláveis. Já pagamos cada mico... Nem é bom citar, mas entre um deles rimos em uma reunião seríssima na cara de um empresário. Fizemos xixi na roupa antes de conseguirmos entrar em casa, tudo por causa das crises de riso que nos tomava, parecia uma possessão. Marquinhos chamava da possessão de Ysana = Ysa+Ana. Ele falava da gente, mas também já fiz ele perder o controle várias vezes. Ai que saudade desse tempo... Eu vivi intensamente e tenho saudade, e até penso que devia ter beijado Aninha mais, ter falando que a amo mais vezes e ter deixado ela me colocar no colo e me encher de laço rosa. Quem diria que sentiria saudade dos paparicos e do grude de Ana? A vida é tão curta, mas esses momentos são eternos.

Eu te amo Aninha!




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2018, by Ysa Flor

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